Passada a surpresa inicial de ter atravessado vários corredores e ter
entrado no Bloco Cirúrgico da Unimed sem qualquer pessoa questionar o que fazia
por ali, encontrei Cicília dormindo em uma maca no meio do corredor.
“Oi amor, você está bem?”. Sem resposta. “Amor, você está bem?”. Nada.
Fui procurar alguém. “Moça, você pode vir aqui? Minha esposa está
dormindo ali, acho que ela está passando mal”. A tal moça olhou, virou para um
lado, para o outro... “é normal, está tudo bem”.
Como "bem"????
Mas se ela estava dizendo, quem seria eu para questionar? Afinal, era
uma moça que usava roupa verde, devia ser ao menos uma enfermeira.
Sem querer, olhei para a porta de vidro na minha frente e vi meu
reflexo: “Ok, também estou de verde”.
Voltei para o lado dela e sacudi: “Cicília, acorda! CICÍLIA!”.
Ela então abriu os olhos verdes e mirou o vazio. Tentando
fazer meu rosto entrar em foco, respirou e disse as palavras que nunca
esquecerei: “eu quero um Ovomaltine”.
Sem entender direito, perguntei o que ela queria. “Ovomaltine do
Bob´s”.
Nessa mesma hora, a obstetra chegou. “Dra, acuda Cicília aqui que ela
está pedindo Ovomaltine”. À beira do desespero, vi a única pessoa que poderia
me acalmar naquele momento: Kalessa. Prima de Cicília e médica.
Disse que estava tudo bem, ela só estava fraca porque fazia tempo que
não comia.
Verdade: o problema é que a quase-mamãe estava sem comer nada desde as
11h e já estávamos passando das 17h. Portanto, o diagnóstico era fraqueza
mesmo.
Passados cerca de cinco minutos, o restante da equipe médica chegou.
Iniciamos a última etapa antes do parto. Estava cada vez mais perto de conhecer
meu primeiro filho.
Muito bom...kkkkk Acho que eu tb pediria um Ovomaltine.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluiro nome do teu blog deveria ser: "o drama do papai" kkkkkkkkkkkkkk