sexta-feira, 6 de julho de 2012

Ansiedade


Com a aproximação do mês de fevereiro, a ansiedade aumentava gradualmente. Não tinha como ser diferente. Passava o dia realizando exercícios de imaginação. Como seria Arthur? Seria comportado? Puxaria a quem? À mãe ou ao pai? Ao tio ou à tia?

Neste período, uma das minhas cenas preferidas era quando passava pelo quarto e via Cicília sentada na cama de Arthur arrumando as roupas, os sapatos, o berço, do nosso futuro bebê. Estava praticamente tudo pronto.

O tema concluído na parede do quarto, o berço montado e decorado, cama no lugar, lotes de roupa separados por data de uso futuro.

Era só esperar. E esperamos bastante viu.

É que Arthur não estava muito disposto a sair. Ao completar 40 semanas, a médica insistia (de forma sutil) que se fizesse cesárea. Contudo, Cicília queria esperar ao menos um sinal. Que não veio.

Foi imposta então uma data limite: 10 de fevereiro. Se até lá não saísse por bem, sairia por mal. E chegou o dia.

Pela manhã, levei Cicília para a aula de hidroginástica, hábito que havia virado rotina nos últimos meses. Lá ela tentava de todo jeito dar uma “forcinha”. Mas não teve jeito. Ele não queria sair.

E iniciamos assim os preparativos finais para recebermos Arthur. Tudo que queria era conhecer meu filho. Um dia inteiro de tensão. Contando as horas para a chegada do príncipe da casa.

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