Com a aproximação do mês de fevereiro, a ansiedade aumentava
gradualmente. Não tinha como ser diferente. Passava o dia realizando exercícios
de imaginação. Como seria Arthur? Seria comportado? Puxaria a quem? À mãe ou ao
pai? Ao tio ou à tia?
Neste período, uma das minhas cenas preferidas era quando passava pelo
quarto e via Cicília sentada na cama de Arthur arrumando as roupas, os sapatos,
o berço, do nosso futuro bebê. Estava praticamente tudo pronto.
O tema concluído na parede do quarto, o berço montado e decorado, cama
no lugar, lotes de roupa separados por data de uso futuro.
Era só esperar. E esperamos bastante viu.
É que Arthur não estava muito disposto a sair. Ao completar 40 semanas,
a médica insistia (de forma sutil) que se fizesse cesárea. Contudo, Cicília
queria esperar ao menos um sinal. Que não veio.
Foi imposta então uma data limite: 10 de fevereiro. Se até lá não
saísse por bem, sairia por mal. E chegou o dia.
Pela manhã, levei Cicília para a aula de hidroginástica, hábito que
havia virado rotina nos últimos meses. Lá ela tentava de todo jeito dar uma “forcinha”.
Mas não teve jeito. Ele não queria sair.
E iniciamos assim os preparativos finais para recebermos Arthur. Tudo
que queria era conhecer meu filho. Um dia inteiro de tensão. Contando as horas
para a chegada do príncipe da casa.
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