De volta ao elevador, não tinha muito a fazer a não ser esperar. Já
tinha passado pelo procedimento na recepção do hospital de pagar a “Taxa de
Assistir ao Parto”. Nunca tinha ouvido falar nisso. Quando questionei, a
justificativa era que eu iria usar uma roupa especial. “Ah tá”.
No andar certo, entrei por um corredor e me dirigi a uma janelinha, que
isolava uma sala com várias daquelas roupas verdes de médico. “é-é-é... eu
v-vim ver o parto da minha esposa. Por onde é?”
Ela me entregou uma muda de roupa dentro de um saco plástico e indicou
o caminho do vestiário. O interessante é que ela sequer pediu qualquer
comprovante de pagamento da “Taxa de Assistir ao Parto”.
Corri para o vestiário. Rasguei o saco e joguei a roupa verde no banco.
“O que eu faço agora? Eu tiro a roupa que estou vestindo ou coloco por cima? E isso
aqui? O que vai na cabeça? E o que vai no pé?”
Se já seria difícil responder a tudo isso normalmente, avalie sabendo
que seu filho estava prestes a nascer ali pertinho...
Por sorte, tinha um senhor no vestiário, que percebeu meu drama e
explicou para que servia cada coisa.
Devidamente fantasiado de médico cirurgião, voltei ao corredor, desci algumas
escadas e cheguei a uma catraca. “Oi... oiiii...”. Ninguém veio e passei por
baixo mesmo.
Virei à direita e depois à esquerda e finalmente encontrei Cicília, que
estava deitada em uma maca no meio do corredor do bloco cirúrgico e por incrível
que pareça, dormindo.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...
ResponderExcluiresses teus relatos são os melhores! kkkkkk