terça-feira, 10 de julho de 2012

O Nascimento de Arthur - Parte 2


De volta ao elevador, não tinha muito a fazer a não ser esperar. Já tinha passado pelo procedimento na recepção do hospital de pagar a “Taxa de Assistir ao Parto”. Nunca tinha ouvido falar nisso. Quando questionei, a justificativa era que eu iria usar uma roupa especial. “Ah tá”.

No andar certo, entrei por um corredor e me dirigi a uma janelinha, que isolava uma sala com várias daquelas roupas verdes de médico. “é-é-é... eu v-vim ver o parto da minha esposa. Por onde é?”

Ela me entregou uma muda de roupa dentro de um saco plástico e indicou o caminho do vestiário. O interessante é que ela sequer pediu qualquer comprovante de pagamento da “Taxa de Assistir ao Parto”.

Corri para o vestiário. Rasguei o saco e joguei a roupa verde no banco. “O que eu faço agora? Eu tiro a roupa que estou vestindo ou coloco por cima? E isso aqui? O que vai na cabeça? E o que vai no pé?”

Se já seria difícil responder a tudo isso normalmente, avalie sabendo que seu filho estava prestes a nascer ali pertinho...

Por sorte, tinha um senhor no vestiário, que percebeu meu drama e explicou para que servia cada coisa.

Devidamente fantasiado de médico cirurgião, voltei ao corredor, desci algumas escadas e cheguei a uma catraca. “Oi... oiiii...”. Ninguém veio e passei por baixo mesmo.

Virei à direita e depois à esquerda e finalmente encontrei Cicília, que estava deitada em uma maca no meio do corredor do bloco cirúrgico e por incrível que pareça, dormindo.

Um comentário: