Quando se é pai de primeira viagem toda experiência é um evento. Não
nasci sabendo das coisas, mas queria aprender, participar e fazer. E uma das
primeiras aventuras foi trocar fralda.
Era informação demais: “primeiro você separa o que vai usar. Fralda,
algodão, água morna, pomada...”.
Não seria mais prático se viéssemos com a possibilidade de simplesmente
instalar um software com tudo que precisássemos saber? Tipo Matrix.
Ajeitei Arthur na cama e iniciei o processo. A primeira dificuldade foi
tirar a roupa. Queria saber quem inventou o formato das roupas de bebê. Se
pensou que iria facilitar, errou feio. A gente não sabe nem por onde se abre
aquele negócio.
Depois de quase rasgar a roupinha e me livrar das meias, a fralda ficou
livre. Abri e senti que o negócio iria ser difícil. Como algo tão pequeno consegue
fazer tanto coco? Tirei a fralda com cuidado para não vazar tudo.
Algodão, água, bumbum, algodão, água, bumbum, algodão, água, bumbum,...
Limpo! Quando fui pegar a fralda nova, ele resolveu molhar a cama. E
tome xixi. Com a agilidade de um Cavaleiro Jedi, consegui segurar a maior parte
com a fralda. Peguei uma nova e coloquei no lugar.
Um pouco de pomada (Cicília lembrou que era apenas no bumbum e não no
corpo todo) para não assar as partes. Ajeitei a fralda e pronto. Consegui. Certamente
ninguém conseguiria colocar uma fralda tão bem como aquela. E passei a admirar
a minha obra de arte.
O tempo que perdi nesse momento foi fatal. Antes de colocar a roupa,
Arthur mandou ver de novo e tive que recomeçar todo o processo.
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