quarta-feira, 25 de julho de 2012

A primeira fralda


Quando se é pai de primeira viagem toda experiência é um evento. Não nasci sabendo das coisas, mas queria aprender, participar e fazer. E uma das primeiras aventuras foi trocar fralda.

Era informação demais: “primeiro você separa o que vai usar. Fralda, algodão, água morna, pomada...”.

Não seria mais prático se viéssemos com a possibilidade de simplesmente instalar um software com tudo que precisássemos saber? Tipo Matrix.

Ajeitei Arthur na cama e iniciei o processo. A primeira dificuldade foi tirar a roupa. Queria saber quem inventou o formato das roupas de bebê. Se pensou que iria facilitar, errou feio. A gente não sabe nem por onde se abre aquele negócio.

Depois de quase rasgar a roupinha e me livrar das meias, a fralda ficou livre. Abri e senti que o negócio iria ser difícil. Como algo tão pequeno consegue fazer tanto coco? Tirei a fralda com cuidado para não vazar tudo.

Algodão, água, bumbum, algodão, água, bumbum, algodão, água, bumbum,...

Limpo! Quando fui pegar a fralda nova, ele resolveu molhar a cama. E tome xixi. Com a agilidade de um Cavaleiro Jedi, consegui segurar a maior parte com a fralda. Peguei uma nova e coloquei no lugar.

Um pouco de pomada (Cicília lembrou que era apenas no bumbum e não no corpo todo) para não assar as partes. Ajeitei a fralda e pronto. Consegui. Certamente ninguém conseguiria colocar uma fralda tão bem como aquela. E passei a admirar a minha obra de arte.

O tempo que perdi nesse momento foi fatal. Antes de colocar a roupa, Arthur mandou ver de novo e tive que recomeçar todo o processo.

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