“Você quer dar banho em Arthur?”. A primeira coisa que pensei foi “como?”.
Se colocar no braço foi uma dificuldade imagine dar banho. Mas topei. “Quero!”
Meu negócio era participar. E segui as instruções.
Água para ferver, água fria na banheira, mistura as duas águas, testa a
temperatura (tinha até um termômetro em forma de peixinho), pega menino, coloca
em cima da tampa da banheira.
A primeira coisa era tirar a fralda. O que é bem fácil. Difícil é
tentar aparar o xixi depois que você joga a fralda fora.
Eu não sabia que ao deixar a piloquinha livre, um dispositivo era
acionado e jogava um jato de xixi. Contudo, em meio a gritos de socorro
consegui controlar a situação. E veio a etapa mais difícil: o banho.
Primeira dúvida: como pegar? O menino era todo mole. Lembrei da
primeira vez que o peguei no braço: como seria dar banho em uma canjica?
Cicília explicava o que devia fazer e eu fazia.
Coloca na posição, joga água, shampoo, sabonete, cuidado com o olho, a
moleira e... Percebi que era fácil. Como se sempre se soubesse fazer isso. A
coisa mais importante da minha vida estava ali nos meus braços e bastava apenas
cuidar.
Após alguns minutos, peguei a toalha, enrolei e deitei sobre a tampa da
banheira. Demorei a colocar a fralda e veio outra jorrada de xixi.
Água, sabonete, água, toalha e fralda. Talco, hipogloss, perfume e...
roupa? Aí era um nível mais acima. Naquele momento não dava. Passei para
Cicília e fiquei assistindo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário