quinta-feira, 19 de julho de 2012

O banho


“Você quer dar banho em Arthur?”. A primeira coisa que pensei foi “como?”. Se colocar no braço foi uma dificuldade imagine dar banho. Mas topei. “Quero!” Meu negócio era participar. E segui as instruções.

Água para ferver, água fria na banheira, mistura as duas águas, testa a temperatura (tinha até um termômetro em forma de peixinho), pega menino, coloca em cima da tampa da banheira.

A primeira coisa era tirar a fralda. O que é bem fácil. Difícil é tentar aparar o xixi depois que você joga a fralda fora.

Eu não sabia que ao deixar a piloquinha livre, um dispositivo era acionado e jogava um jato de xixi. Contudo, em meio a gritos de socorro consegui controlar a situação. E veio a etapa mais difícil: o banho.

Primeira dúvida: como pegar? O menino era todo mole. Lembrei da primeira vez que o peguei no braço: como seria dar banho em uma canjica? Cicília explicava o que devia fazer e eu fazia.

Coloca na posição, joga água, shampoo, sabonete, cuidado com o olho, a moleira e... Percebi que era fácil. Como se sempre se soubesse fazer isso. A coisa mais importante da minha vida estava ali nos meus braços e bastava apenas cuidar.

Após alguns minutos, peguei a toalha, enrolei e deitei sobre a tampa da banheira. Demorei a colocar a fralda e veio outra jorrada de xixi.

Água, sabonete, água, toalha e fralda. Talco, hipogloss, perfume e... roupa? Aí era um nível mais acima. Naquele momento não dava. Passei para Cicília e fiquei assistindo.

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