Tem dia que nada resolve. Ou quase nada. E por mais que você
siga um ritual, nem sempre o bebê vai cooperar e dormir o tempo todo quando estiver a sós com ele. E não demorou a acontecer com Arthur.
Depois de sair do trabalho e pegá-lo na casa da avó,
seguimos para casa. Normalmente, ele dorme durante o percurso. Ao passar por Intermares
e perceber que não havia sinal de sono, senti uma certa apreensão. Que começou
a se transformar em medo ao chegar no Poço e ver que a situação não havia se
alterado.
E depois passou a beirar o desespero ao estacionar o carro
na garagem do prédio. Com Arthur bem acordado. O jeito seria colocar para
dormir no braço mesmo. Subimos.
Em casa, não teve jeito. Foram vários minutos de tentativas,
sacudindo o menino, fazendo pssssss até dar uma dor no meu ouvido e nada. Só
choro. O desespero já tomava conta de mim. Sem saber mais o que fazer para
acalmá-lo, recorri à arma secreta: o bebê conforto.
Como disse, normalmente ele dormia no percurso até chegar em
casa. Coloquei-o de volta no bebê conforto, voltamos para o carro e fui andar. “Vou
arrudiar esses retornos de Camboinha até tu dormir. Quero ver!”.
Depois de duas voltas, percebi que ele havia se rendido. Dormia
tranquilamente. Dei mais uma por garantia e retornei para o apartamento. Com
todo o cuidado do mundo, deixei o menino no berço e pude finalmente relaxar.
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