Quando morei sozinho, depois de sair de Recife como retirante e vir
para João Pessoa, pensei que havia conhecido a bagunça de uma casa. Até o dia
que Cicília resolveu organizar o aniversário de um ano de Arthur.
Por volta dos seis meses começamos os preparativos. Quando ela me pediu
sugestão de tema, pensei logo em Superman, Liga da Justiça, Cavaleiros do
Zodíaco,... “meu filho, é aniversário de um ano”.
Se você é pai, e seu filho já fez um ano, deve saber. Caso contrário,
vai descobrir. Por mais que a mãe queira inseri-lo nos preparativos da festa,
tenha certeza de uma coisa: o aniversário não é seu. A festa não é do seu
filho. No fim das contas, tudo é da mãe. O que acho até justo, afinal, não fui
eu que passei nove meses com o menino na barriga.
E escolhemos (sugestão dela) Pequeno Príncipe. Já tinha lido a obra de
Saint-Exupéry e gostei da ideia. Não ia ter super-herói, mas estava valendo.
E tome comprar coisa. Nesse período também descobri o quanto se gasta
com festa do filho. E é muito viu. Sem contar que parte das coisas tivemos que
comprar em Recife.
Às vésperas da festa, não sabia como tudo daria certo. Coisas para
fazer, resolver e a casa parecia mais uma filial da Kelly Magazine, com bombons
espalhados por todo lugar. Xaxá, Sete Belo, Embaré. E o pior: sem poder comer
nada.
Mas quando o dia chegou e vi o salão pronto, percebi que não tinha como
dar errado. Tudo estava preparado para o grande dia. Um ano do nosso pequeno
príncipe.
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