Mãe e filho possuem um vínculo inexplicável desde a concepção. Deve ser
algo ligado àquela história de ter um bebê crescendo dentro da barriga, mexendo
e depois mamando. O pai não tem isso. O vínculo precisa ser criado.
E pense que pai é um bicho besta. É como se, depois que Arthur nasceu,
eu tivesse perdido a sanidade. Só isso para explicar o fato de me aproximar
dele no berço, nos primeiros dias de vida e dizer: “repita comigo: papai. Paaaaa...
pai”. Imagina se ele fala... Eu abria na carreira.
Mas quando se é pai, você não liga para essas amarras da sociedade que precisa
taxar alguém de louco. E continuei. Só imaginava a sensação de felicidade ao
fazer Arthur dizer a primeira palavra: “papai”.
“Toma aí, passasse nove meses com ele na barriga e ele falou papai”.
Era uma luta diária, vários minutos na frente dele, falando e esperando. A
resposta, porém, era sempre a mesma: silêncio.
Durante vários meses não tive retorno. Até que chegou o dia. Na sala, sentado,
observava Arthur brincando, quando de repente ele inspira, olha para a frente,
abre a boca e deixa escapar a primeira palavra da sua vida: “táxi”.
Tudo bem, não foi aquilo que eu esperava. Mas foi emocionante do mesmo
jeito. Era nosso bebezinho crescendo.
kkkkkkkkk
ResponderExcluirAbria na carreira mesmo. Tou rindo só de imaginar a situação. rs
E o garoto sabe das coisas. Vê se ele chamou um ônibus...