quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Café da manhã


Depois de chegar em Gramado por volta das 3h da madrugada (24h depois de iniciar a viagem) dormimos e no dia seguinte acordamos logo cedo. Depois de uma “rápida” organização descemos para o café. Explico: com um menino de 1 ano e 3 meses nada é rápido. Tudo demora.

Tira roupa, toma banho, dá banho, enxuga-se, enxuga o menino, coloca fralda, escolhe roupa, sandália, casaco. Café.

Não dá para o casal comer junto. Tem que revesar.

Enquanto um comia, o outro tentava fazer Arthur comer. Empurra pão, leite, iogurte, bolo, o que conseguir entrar é lucro. Quando não queria, choro.

Não existe coisa mais desesperadora do que um filho que chora em um ambiente que é para ser silencioso. A primeira reação é: cala a boca! (entre dentes, para ninguém achar que você é ignorante). Se o choro continua (e o desespero aumenta), você já concorda com o que ele quiser.

“Tá bom, tá bom, quer não, pronto. Quer mais bolo? Quer pão? É pão de queijo, quer? Tome”. E assim seguia. Depois de quase 40 minutos (tempo suficiente para os três comerem), levantamos para iniciar o passeio do primeiro dia.

Só quando levantei e olhei ao redor e para nossa mesa percebi que estava deixando um rastro de guerra atrás de mim. Era farelo de comida e pedaço de cereal para todo lado, sem falar em café, leite e iogurte derramado por todo canto.

Antes de limpar daria uns três gritos de socorro. Mas lembrei que não seria eu a fazer o serviço. E intimamente ainda tive forças para sorrir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário