terça-feira, 4 de setembro de 2012

O dente


Se toda criança tem um imã para o chão, o de Arthur deve ser super-ultra-mega-hiperpoderoso. Andar e manter-se em pé nunca foi um talento natural. E claro, algumas quedas acabaram marcando mais do que outras. Ele e eu.

Estávamos no restaurante Tererê comemorando o aniversário de Flávia. Todos sentados à mesa e Arthur no chão brincando ao lado da gente. De repente o choro. Olhei e vi que ele estava sentado com a cabeça tocando o chão e aos prantos.

Cicília foi até ele e, ao levantá-lo, a surpresa: sangue na boca. “Ai meu Deus, segura aqui”. Não, ela não é um exemplo de calma em momentos de crise com filhos. Peguei Arthur nos braços para verificar o estrago. O dente da frente estava quebrado. Fora isso, pouco sangue saía da gengiva.

Olhei para o garçom que estava próximo e perguntei se havia visto alguma coisa. Nada.

Choro, gelo, mais choro, abraço, ainda mais choro, pssssss, mais um pouquinho de choro, soluços, mais choro. Depois de alguns minutos, a calma. Examinamos novamente e vimos que fora a ponta do dente que tinha ido embora, nenhuma seqüela. Apenas o susto.

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