Se toda criança tem um imã para o chão, o de Arthur deve ser super-ultra-mega-hiperpoderoso.
Andar e manter-se em pé nunca foi um talento natural. E claro, algumas quedas
acabaram marcando mais do que outras. Ele e eu.
Estávamos no restaurante Tererê comemorando o aniversário de Flávia.
Todos sentados à mesa e Arthur no chão brincando ao lado da gente. De repente o
choro. Olhei e vi que ele estava sentado com a cabeça tocando o chão e aos
prantos.
Cicília foi até ele e, ao levantá-lo, a surpresa: sangue na boca. “Ai
meu Deus, segura aqui”. Não, ela não é um exemplo de calma em momentos de crise
com filhos. Peguei Arthur nos braços para verificar o estrago. O dente da
frente estava quebrado. Fora isso, pouco sangue saía da gengiva.
Olhei para o garçom que estava próximo e perguntei se havia visto
alguma coisa. Nada.
Choro, gelo, mais choro, abraço, ainda mais choro, pssssss, mais um pouquinho
de choro, soluços, mais choro. Depois de alguns minutos, a calma. Examinamos
novamente e vimos que fora a ponta do dente que tinha ido embora, nenhuma seqüela.
Apenas o susto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário