
Na primeira vez, fiquei de fora. Mas na segunda estava lá. O
negócio foi difícil mesmo.
Entramos na sala. Já havia me preparado psicologicamente
para a dificuldade. Mas quando senti na pele, vi que era muito pior. Sentei na
cadeira e coloquei Arthur sobre minhas pernas. Nesse momento ele já começou a
reclamar.
“Que foi? Deixa a tia olhar o dentinho. Tem que ajeitar para
ficar bonito. Não pode ficar assim senão dá bichinho”. Sem jeito. Não tinha
argumento que convencesse. Mostramos bichos de brinquedo, penduramos acima da
cabeça, mas foi complicado.
Era instantâneo. Quando ela começava a trabalhar, o menino
se esguelava. Chorava tanto que chegava a vomitar. E olhe que nem teve aquele
motorzinho irritante e medonho. Era mais uma lixa para nivelar os dentes da
frente e uma massinha para deixar tudo igual.
Não era só estética. Era preciso ajeitar o dente para não
ocorrer infiltração.
Depois de mais de trinta minutos de sofrimento, vômitos e
berros, ela conseguiu terminar. Pronto. O sufoco tinha valido a pena. Lindo de
novo.
O lado ruim é que durou apenas uma semana. É que ele voltou
a cair com a cara no chão e o pedacinho de massa foi embora, deixando o dente
quebrado no lugar.
Arthur é demais!! Até quando tá banguelo é bonito!!
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