terça-feira, 11 de setembro de 2012

A ida ao dentista


Depois de ter quebrado o dente, Arthur teve que ir ao dentista. Missão extremamente difícil. Se eu, que já sou grandinho, não sento naquela cadeira sem anestesia nem para aplicar flúor, como iria convencê-lo de que aquilo era legal?

Na primeira vez, fiquei de fora. Mas na segunda estava lá. O negócio foi difícil mesmo.

Entramos na sala. Já havia me preparado psicologicamente para a dificuldade. Mas quando senti na pele, vi que era muito pior. Sentei na cadeira e coloquei Arthur sobre minhas pernas. Nesse momento ele já começou a reclamar.

“Que foi? Deixa a tia olhar o dentinho. Tem que ajeitar para ficar bonito. Não pode ficar assim senão dá bichinho”. Sem jeito. Não tinha argumento que convencesse. Mostramos bichos de brinquedo, penduramos acima da cabeça, mas foi complicado.

Era instantâneo. Quando ela começava a trabalhar, o menino se esguelava. Chorava tanto que chegava a vomitar. E olhe que nem teve aquele motorzinho irritante e medonho. Era mais uma lixa para nivelar os dentes da frente e uma massinha para deixar tudo igual.

Não era só estética. Era preciso ajeitar o dente para não ocorrer infiltração.

Depois de mais de trinta minutos de sofrimento, vômitos e berros, ela conseguiu terminar. Pronto. O sufoco tinha valido a pena. Lindo de novo.

O lado ruim é que durou apenas uma semana. É que ele voltou a cair com a cara no chão e o pedacinho de massa foi embora, deixando o dente quebrado no lugar.

Um comentário:

  1. Arthur é demais!! Até quando tá banguelo é bonito!!

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