Não vou mentir. Estava ansioso. Afinal de contas, era a primeira
festa de Dia dos Pais da escola de Arthur. Lourdinas. Desde o início do ano,
decidi que iria participar de todas as atividades escolares. Até para evitar
certos traumas de infância, em que eu costumava passar cerca de 15 dias
ensaiando para homenagear meus genitores e quando chegava o dia, a homenagem era
para os pais dos outros...
Quem nunca passou pela experiência, não sabe o que é cantar “Maria,
Maria” para ninguém. Ou “Pai” para a mesma pessoa: ninguém! Sentiu o trauma?
Pois bem, não queria isso para Arthur. Fui para a festa.
Mesmo que fosse em um sábado, dia de um rally da Mitsubishi.
Fui. E não vi nada demais.
Na verdade, a tal homenagem aos pais foi bem diferente do
que tinha em mente. Pensava em ver Arthur aos berros cantando em cima do palco
alguma música sentimental e eu, na platéia, tentando manter a câmera firme, sem
saber se fotografava ou filmava, enquanto os olhos se acabavam em lágrimas.
Chegamos, fomos para o pátio, um calor da mulesta... Sentei com
Arthur no colo e uma abelha começou a me rondar. Lembro que tinha uma mulher
puxando a reza e algumas músicas. Depois entrou um padre, que falou algumas
coisas legais e por fim um lanche.
Em seguida, dividiram os pais em grupos, aula de alongamento
e parque brincar. Legal.
Mas com tanta gente ao mesmo tempo, só em pensar em ficar na
fila para alguma atividade dava vontade de sair correndo.
Além disso, Arthur tinha atingido certo nível de irritação e
chorava por tudo. Resolvemos então abdicar da “diversão” e fomos embora.
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