Quando se descobre que vai ganhar o primeiro filho, não
importa se vai ser menino ou menina. Não há escolha. “É o primeiro, então o que
vier está bom”. Ok, tenho que admitir: não há escolha em hipótese alguma. Não é
a gente que decide mesmo...
Mas como já tínhamos Arthur, uma mocinha não seria má idéia.
A história de formar um casal e tudo mais. E desde o primeiro dia iniciei um
exercício mental de como seria ser pai de novo. Sempre pensando: como será a
relação desse futuro ser com Arthur?
Ora imaginava uma menina e suas barbies, os preços das
barbies, vestidos, laços. Uma princesinha que precisaria ser protegida. Em
outros momentos, como seria um outro menino. O reaproveitamento dos brinquedos,
das roupas.
E a família, claro, não poderia perder tempo e começaram os
chutes. Tesoura aberta, fechada, data da menstruação somado com o tempo de
sobrevivência do óvulo + tempo de vida de um espermatozóide (de onde o povo
tira isso hein?).
E assim como na gravidez de Arthur, destaque para Goretti,
amiga de Tia Tita. Refez os cálculos. Havia errado o de Arthur. Tensão no ar. Ultima
menstruação, mês em que ocorreu a gravidez, somado à fase da lua, mais a
distância da Terra em relação a Vênus dividido pela flexibilidade do balanço
do rabo da lagartixa. De novo, complicado.
Parou, olhou para o horizonte e afirmou: “vai ser uma
menina, pode comprar a tinta rosa”.
Mainha foi outra que tentou acertar. Jogou o dominó, leu os
que os números diziam e mandou: “menina”.
Só nos restava esperar.
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