Passei um bom tempo
sem escrever aqui. Na minha cabeça, a resposta era muito simples:
não tive tempo. Muita coisa para fazer: trabalho, deveres, séries
(várias delas, admito), a temporada no comando do Real Madrid no
Fifa (pode colocar no plural), cursos, faxinas no banheiro, trânsito,
tarefas de casa da escola, jogos do Sport,… Muita coisa. O blog
estava abandonado. Muitas vezes, eu queria escrever, mas não tinha
tempo.
E de repente, recebo
um link de uma amiga com um texto recém-escrito por ela. Justamente
sobre isso: A nossa falta de tempo. Bateu em cheio. Doeu. E pus-me a
refletir. Será que não tive tempo? Tempo para falar de amor? Do
amor que sinto por Arthur e Laís? De como via o desenvolvimento
deles?
Afinal de contas,
foi pra isso que criei o blog. Para ser uma espécie de diário, que
deixaria registrado meus sentimentos por ambos, enquanto cresciam e
aprendiam cada coisa nova. Os sustos, as astúcias, os momentos de
tristeza e, claro, os de alegria. Tudo por falta de tempo.
Neste período, fui
cobrado. Por pessoas próximas ou não. Contudo, por não ter tido
tempo, falhei. Tornei-me relapso. Dei razões às críticas que dizem
que não persisto; Que protelo as coisas.
E desta vez, escrevo
com apenas uma intenção: pedir desculpas. A Arthur e Laís. Por
isso, peço licença aos amigos e familiares que chegaram até aqui.
Este texto não é para vocês.
Arthur e Laís,
Não faço ideia de
quando vocês vão ler este texto. Se serão crianças, adolescentes
ou adultos. Mas independente da fase em que estejam, saibam que os
amo. E os apoio. Sempre. Estou ao lado de vocês para o que der e
vier. Porém, peço desculpas por ter abandonado o blog.
Quero que vocês
saibam como foi vê-los crescer. Aprender. O que senti em cada
situação que vocês enfrentaram.
Contudo, vou mais
além. Peço desculpas pelas vezes que falhei. Pelas vezes que perdi
a paciência e gritei. Mas principalmente, pelas vezes em que não
tive tempo. Tempo para sentar e ouvir. Para brincar. Para conversar.
Faço um grande
esforço para estar próximo. Para não ser o pai distante. Que não
conversa. Que não abre o coração.
Por isso, abraço
forte. Arrocho. Faço massagens, cócegas e “sanduíche”. E digo
que amo. De diversas formas e maneiras. Um sentimento que toma conta
de um jeito inexplicável. Para cada um, um recado especial:
Arthur, papai ama
você… (você sabe).
Laís, papai ama a
princesa; e a princesa… (você sabe).
Sempre. Sem
desculpas de falta de tempo.
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