sexta-feira, 7 de julho de 2017

Desculpa, não tive tempo

Passei um bom tempo sem escrever aqui. Na minha cabeça, a resposta era muito simples: não tive tempo. Muita coisa para fazer: trabalho, deveres, séries (várias delas, admito), a temporada no comando do Real Madrid no Fifa (pode colocar no plural), cursos, faxinas no banheiro, trânsito, tarefas de casa da escola, jogos do Sport,… Muita coisa. O blog estava abandonado. Muitas vezes, eu queria escrever, mas não tinha tempo.

E de repente, recebo um link de uma amiga com um texto recém-escrito por ela. Justamente sobre isso: A nossa falta de tempo. Bateu em cheio. Doeu. E pus-me a refletir. Será que não tive tempo? Tempo para falar de amor? Do amor que sinto por Arthur e Laís? De como via o desenvolvimento deles?

Afinal de contas, foi pra isso que criei o blog. Para ser uma espécie de diário, que deixaria registrado meus sentimentos por ambos, enquanto cresciam e aprendiam cada coisa nova. Os sustos, as astúcias, os momentos de tristeza e, claro, os de alegria. Tudo por falta de tempo.

Neste período, fui cobrado. Por pessoas próximas ou não. Contudo, por não ter tido tempo, falhei. Tornei-me relapso. Dei razões às críticas que dizem que não persisto; Que protelo as coisas.

E desta vez, escrevo com apenas uma intenção: pedir desculpas. A Arthur e Laís. Por isso, peço licença aos amigos e familiares que chegaram até aqui. Este texto não é para vocês.

Arthur e Laís,

Não faço ideia de quando vocês vão ler este texto. Se serão crianças, adolescentes ou adultos. Mas independente da fase em que estejam, saibam que os amo. E os apoio. Sempre. Estou ao lado de vocês para o que der e vier. Porém, peço desculpas por ter abandonado o blog.

Quero que vocês saibam como foi vê-los crescer. Aprender. O que senti em cada situação que vocês enfrentaram.

Contudo, vou mais além. Peço desculpas pelas vezes que falhei. Pelas vezes que perdi a paciência e gritei. Mas principalmente, pelas vezes em que não tive tempo. Tempo para sentar e ouvir. Para brincar. Para conversar.

Faço um grande esforço para estar próximo. Para não ser o pai distante. Que não conversa. Que não abre o coração.

Por isso, abraço forte. Arrocho. Faço massagens, cócegas e “sanduíche”. E digo que amo. De diversas formas e maneiras. Um sentimento que toma conta de um jeito inexplicável. Para cada um, um recado especial:

Arthur, papai ama você… (você sabe).

Laís, papai ama a princesa; e a princesa… (você sabe).

Sempre. Sem desculpas de falta de tempo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário