domingo, 10 de abril de 2016

A tabela de comportamento

Depois que a pessoa tem filho, aos poucos desenvolve técnicas de psicologia. Nem todas funcionam, é verdade. Mas errando uma vez aqui, outra ali, dando um grito de escorrer lágrima na criança aqui, uma ameaça de chinelada ali, você vai moldando seu filho e suas reações. E se tem uma coisa que existe nesse mundo é técnica para adestrar criança (alguns falam em educar, mas dá no mesmo).

E uma bem conhecida é aquela de fazer um cartaz, pendurar na parede e marcar com um X as coisas boas ou erradas e depois ter um castigo ou um prêmio. Pois bem. Cicília criou uma tabela no papel, bem bonitinha e organizada. Uma azul para Arthur e uma amarela para Laís.

Funcionava assim: cada desobediência (deixar bagunça, não arrumar a cama, não tomar banho e etc) gerava um X. O objetivo era claro: deixar o papel limpo.

Arthur virou uma “seda”. Passou a fazer as coisas e quando ameaçava fazer birra, bastava pegar a caneta que ele batia pino e fazia o que tinha que ser feito. Já Laís...

Como sempre fazia, ela espalhou brinquedos por todos os lados da sala. Na hora de arrumar, “bateu uma canseira”. Dizia que não conseguia fazer nada. Nem andar. Cicília então ameaçou marcar um X na tabela. E ela não queria ganhar a marquinha negativa. Então tomou uma atitude:

Foi atrás da tabela, escondeu no banheiro dela, voltou para a sala e continuou com a bagunça. A lógica: se a mãe não encontrasse, não poderia marcar o X e ela não seria castigada.

Admito que a construção da ideia foi genial. Só que Laís não contava com nossa astúcia. Nós tínhamos uma carta na manga: “SE VOCÊ NÃO GUARDAR ESTA BAGUNÇA AGORA, VAI TUDO PRO LIXO. JÁ PEGUEI O SACO PRA COLOCAR”.

Bem mais eficaz, diga-se de passagem. Em meio a reclamação e choro, os brinquedos foram guardados. Objetivo alcançado.

#aprendesupernanny

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