Não sei no meu tempo, mas hoje em
dia existe um processo entre o pagamento da matrícula e o início das aulas
propriamente dito. Passada a fase de escolher o colégio (Lourdinas), passamos
por uma entrevista com a psicóloga e depois uma reunião de pais e mestres. O
objetivo é deixar papais e mamães de primeira viagem um pouco mais tranquilos.
Ou mesmo aqueles que já tenham experiência, lembrar o que se deve e o que não
se deve fazer.
“Deixa a criança levar a bolsa”; “fala
sempre bem da escola”; “a agenda é nosso meio de comunicação”. São frases que
todas as tias dizem. Além daquela que mais ouvimos: “olhem o blog do colégio,
pois poderão acompanhar tudo que seus filhos fizerem”. Devo confessar que se esse
acompanhamento dependesse do tal blog, acreditaria que os meninos não fazem
nada no colégio.
Mas é nessa reunião que descobrimos
também quem será a professora. Com Arthur tivemos a felicidade de ganhar Tia Ju
no primeiro ano. Ao ouvir o nome dela, minha primeira preocupação foi prestar
atenção na reação dos pais que já eram “veteranos” no colégio. Todas positivas.
Senti confiança.
Já no ano seguinte, tivemos uma
experiência diferente com a entrada da Laís. Em tese, o mesmo processo. E como
seria dividido por turmas, eu fui conhecer a tia de Arthur e Cicília foi para a
sala em que estaria a tia de Laís. Conheci Tia Mônica. Tia Ju, que havíamos
gostado tanto, tinha ficado para trás.
Entre as principais diferenças em
relação ao ano anterior, era que no Infantil II Arthur receberia bem mais tarefas
e iriam escrever na agenda. Orientado por Cicília, levantei uma questão que por
pouco não causa uma guerra. A quantidade de doces que os meninos ganham na
escola. É muito! Toda data comemorativa é porcaria: bombom, pirulito, chiclete
e etc. A maioria dos pais foram contra mim. Alguns me apoiaram (dois, para ser
justo...). As tias foram contra. Alegaram que era apenas em eventos especiais.
De cara ela contou quase 15. Voto vencido, reunião terminada, fui para a sala
do Maternal.
Engraçado como o perfil do
assunto muda. Óbvio. Seriam crianças de dois anos, que mal falavam, usavam
fralda e eram dependentes dos pais. O papo, claro, girou em torno do choro no
primeiro dia de aula. “É normal a criança chorar. Vocês podem ficar um tempinho
a mais na primeira semana”; “Deixem trazer brinquedos”; “Pode deixar a chupeta”;
E a lista seguia, sempre dando dicas para que a adaptação acontecesse sem
traumas.
Até que Cicília perguntou: “e se
a criança se adaptar bem? Eu posso só deixar e sair?”. Todos olharam com cara
de incredulidade. Até as tias. Como se dissessem: “pronto, chegou a que quer ter
a filha independente...”. Mesmo demonstrando todo o descrédito que possuíam,
responderam: “se ela estiver bem, pode deixar sim”.
Inveja me define. Lucas chorou 2anos com tia Ju. Parabéns Lais! Também sou contra doces e refrigerante.
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