sexta-feira, 8 de novembro de 2013

São Paulo - Parte 1

Eu já imaginava que seria difícil. Antes mesmo de chegar lá. Afinal de contas, percorrer a 25 de março, Santa Efigênia e Brás com uma criança de 3 anos e outra de 1 ano não é mole. Mas a vontade (leia-se compulsão por compras) era maior. E fomos.

Assim que chegamos em São Paulo, passamos no hotel, deixamos as malas e fomos para a 25 de março. Um dos principais centros de muamba do mundo. No momento, o objetivo era comprar um flash para minha máquina. Um “amigo” disse que encontraria com toda a certeza na Galeria Pajé.

Para quem não conhece: pense no Terceirão, em João Pessoa. Imagine-o com oito andares de lojinhas de camelô. Pois é. Passei por todas as lojas. Com Arthur no braço. E uma mochila nas costas. Não dava para deixar nenhum nem outro no chão. O povo levava.

Não achei lá e me mandaram para uma tal Galeria Oriental, que ficava do lado. Um prédio igual, com vários andares e várias lojinhas. Tudo de novo, com o mesmo resultado. Com ódio de Ícaro, o tal “amigo”, só deu tempo de voltar para o carro e pensar em comer e dormir. Mas antes tínhamos outra missão: entregar o carro alugado no aeroporto de Congonhas.

E neste dia, aprendi o que é um engarrafamento. Bem diferente de levar 30 minutos para atravessar a Epitácio Pessoa em horário de pico. Parado. Seis faixas de carros: parados. PARADOS.

Óbvio que se fosse só isso estava de bom tamanho. Afinal de contas, turista que se preze, gosta de conhecer até os problemas das cidades que visita. Mas para completar o cenário, Laís se acabava em lágrimas.

É que estava no horário dela dormir, o que acontece de forma natural quando ela está na cadeirinha. A diferença é que o balanço do carro em movimento ajuda e o sono chega rápido. Com o danado parado, o negócio ficou complicado.

Era um choro desesperado. E o trânsito não ajudava. “Deve ter acontecido alguma coisa aí na frente, não é possível”. Em certo momento, cheguei a pensar em descer e balançar o carro para ver se ela dormia. Ainda bem que não fiz isso. Não acho que seria algo normal de se ver e com a quantidade de ambulâncias e viaturas da polícia passando, com certeza teria sido levado em alguma.

Contudo, após intermináveis minutos, que pareceram dias, chegamos, resolvemos o que precisávamos e retornamos ao hotel para uma merecida noite de sono. 

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