terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O nascimento de Laís – Parte 2


Quer ver a personificação do desespero? Ligue para seu marido e diga: “vai nascer”.

Depois de sair com toda a gota da Ecoclínica, corri para a casa de Dona Maria José. Parei o carro, abri o portão e corri para ver Cicília. “E aí, vamos? Tá tudo pronto?”. Aí ela olha para mim com toda a calma do mundo e faz: “pode ir se ajeitar, tomar banho, trocar de roupa que as contrações estão só começando”.

Não sei de onde se tira tanta tranqüilidade. Eu continuava acelerado. Fiz o que ela pediu e fiquei pronto para sair. De vez em quando passava por ela dentro de casa e via a cara de sofrimento dela. E sem pressa.

E eu de um lado para o outro dentro de casa. E tentando falar com Dra Roseane. Só chamava. Com é que uma obstetra não atende o danado do telefone? Sabendo que tem uma paciente prestes a ter menino?

Depois do que pareceram horas, Cicília terminou de se ajeitar (maquiagem, cabelo, unhas) e fomos para a Unimed. De novo, Luedva a postos. Como dois anos antes. Desta vez não fomos pela recepção. Mas pela emergência.

Aí a gente disse o que era para a atendente indicar uma pulseira que diga a gravidade da situação. “Hômi, dê logo uma vermelha. Ela tá com contração”. Até que foi rápido. Chamou o maqueiro, que já veio com uma cadeira de rodas. Subimos.

E nada de Dra Roseane atender o telefone.

A médica do plantão foi quem fez o atendimento. Disse que tinha que ser cesárea. Até então Cicília tinha esperanças de ser normal. Só quando a médica ligou foi que Dra Roseane atendeu. Fomos encaminhados para o quarto e ficamos no aguardo. Até a bendita obstetra chegar.

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