quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O chá de fralda rosa


Existe uma tradição na realização de chás de fralda. Menino é azul ou verde. Menina é rosa. Cicília pensou em algo diferente e colocou umas bolinhas pretas.

Foi neste dia que descobri que embuá não é aquele bichinho que a gente toca e ele se enrola todo. E como a gente é ruim, dá um chute para ele atravessar a calçada e parar do outro lado da rua.

A festa foi bonita. A tal da tradição manda também chamar apenas mulher. Confesso que não sou muito adepto de manter costumes sem um motivo plausível. E enquanto Cicília chamou apenas as meninas, chamei alguns meninos.

E aproveitamos. Cicília com uma barriga enorme, eu todo orgulhoso de saber que ia ganhar uma princesinha e Arthur achando o máximo dar uma festa para uma irmã que ele nem conhecia ainda.

No fim, o saldo foi de fralda com força. Se Laís mantivesse a média do irmão mais velho, daria para passar um bom tempo sem gastar dinheiro com isso.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Os padrinhos de Laís

Não importa quantos filhos você tenha, sempre vai se deparar com um problema: quem vai ocupar o cargo de padrinho? Pais reservas, que devem assumir a responsabilidade caso aconteça algo com a gente. Não dá para confiar em qualquer pessoa.

Assim como havíamos feito com Arthur, queríamos alguém da família. Acho estranho essa coisa de chamar amigo. Sei lá, hoje você está junto, depois de uns anos simplesmente não há nem contato.

Era preciso, primeiramente, traçar as características que eles deveriam ter. Basicamente, ter os mesmos valores que os pais.

Para cuidar da nossa princesinha, a madrinha tinha que ser um exemplo. De moralidade e honestidade. Que carregasse a marca de ser uma mulher ao mesmo tempo dócil e guerreira. Frágil e forte.

E o padrinho? Não podia apenas ser um padrinho, mas um PADRINHO. Que respeitasse a família e fosse um homem temente a Deus. Trabalhador e que colocasse a própria esposa acima até de si.

Com base nisso, fizemos a escolha, convidamos para um jantar na nossa casa e deixamos tudo preparado. Sem desconfiar, as “vítimas” chegaram.

Investimos tanto na cerimônia que foi a única vez na vida (até hoje, pelo menos) que tomei a tal da cerveja Teresópolis. Abrimos, servimos e na hora do brinde fizemos o convite. Para nossa felicidade Luedva e Luisinho aceitaram. Um casal em que confiamos para guiar e nos ajudar com nossa princesinha.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O nome da princesa


Escolha de nome é um negócio complicado. É a principal identidade de uma pessoa. Ela vai passar o resto da vida com aquilo e se não for uma coisa legal, coitada...

Tem aqueles clássicos. Frutos de um parto difícil em que a mãe e/ou o filho quase morrem. São as Vitórias da vida. Tem outros que chega a dar pena da criança. Mas não vou citar aqui exemplos de quando surge uma gravidez indesejada e os pais descontam no filho.

Claro que se você puder contar uma história bonitinha, de deixar os olhos lacrimejados é mais legal. Mas normalmente não é assim.

Começamos a fazer uma lista de possíveis nomes. E era nome viu. Brainstorm. A tal tempestade de ideias. Depois fomos reduzindo. Queríamos um nome composto. O primeiro curto. O segundo um pouco maior. Fortes.

Depois de uma analisada, fomos estreitando a lista. Com cerca de cinco ou seis estava bem complicado escolher. “Vamos jogar em uma saco, fazemos um sorteio e pronto: temos o nome da nossa filha”.

Não preciso nem dizer que Cicília pegou mais de 50 libras de ar não é? (não sabe nem levar na brincadeira).

Depois de algumas conversas e consultas, escolhemos um: Helena.

Na mitologia grega, ela era simplesmente a filha de Zeus e tinha a reputação de ser a mulher mais bela do mundo (era a fraca!).

Mais uns dias de arenga e pressão por definir o nome, chegamos a um consenso: Laís. Próprio de pessoas que tem certa predisposição para a rebeldia perante as injustiças.

Traduzindo: uma mulher linda que lutaria pela igualdade entre as pessoas. Se tinha algo a ver, só o tempo nos diria.

De qualquer forma, estava definido a nome da nossa princesa: Laís Helena.