Um dia comum. O despertador tocou e, de cara, aquela vontade incontrolável de ficar na cama. O “soneca” foi acionado pelo menos duas vezes. Como não tinha jeito, levantei para começar o dia.
Ainda sonolento, cheguei ao banheiro, abri o chuveiro e molhei a cabeça. “Ok, hora de começar”. E a partir daí a sequência foi mais rápida.
Troca a fralda de Laís, beijo na princesa, acorda Arthur, beijo no príncipe, beijo na esposa, cozinha, café na cafeteira, pão com queijo para assar, veste a calça, passa desodorante, tira o pijama de Arthur, tira o pijama de Laís, café da manhã, calça o sapato, pega a bolsa, pega Arthur, pega Laís, carro, estrada.
De repente a calmaria voltou. Graças às férias escolares, o caminho até o trabalho ficou mais rápido e menos estressante. Após deixar esposa e filhos na casa da sogra, o último trecho até o trabalho.
Em uma TV, o dia mais difícil é a segunda-feira. A terça-feira é mais calma (se é que podemos usar tal palavra para descrever qualquer momento em uma redação). Mas não essa.
Pauta cai, repórter atrasa, entrevistado desmarca, assessor esquece que marcou entrevista, Cagepa convoca coletiva, ex-prefeito anuncia apoio a ex-adversário que era ex-aliado, programas ao vivo e tudo isso provoca um aumento da adrenalina que leva a um ponto de explosão.
E no auge do stress veio a inspiração: porque não usar um blog para falar sobre o que é ter dois filhos? Sacou a relação?
Eu não. Mas a inspiração foi plantada, como uma sementinha. Que foi ganhando forma, crescendo e de repente, lá estava eu.
Primeiro, a busca pelo endereço. O nome do blog. A descrição. O layout. E chega o momento do primeiro texto. Aquele que serve para apontar que caminho o blog vai seguir. E quase no final, a motivação do blog é descrita para o leitor:
Um espaço para descrever a beleza de ser pai. Que se não chega a ser aquele tal de padecer no paraíso, é quando você olha para si e diz: cresci. “Essa coisinha nos meus braços precisa de mim para tudo”. E vêm as dúvidas: será que vou saber educar? Trocar fralda? Ele vai torcer pelo meu time? O que ele vai ser quando crescer?
Sei lá. Mas o fato é que cada momento com o filho, ou no meu caso filhos, não será jamais como antes. A vida foi transformada. Tudo mudou. E já não dá mais para imaginar uma vida sem eles.
E quem sabe um dia, eles possam vir aqui e acompanhar um pouco do próprio crescimento e o que passava pela cabeça do pai.
Parabéns pelo blog chará, ainda não cheguei a ser pai, mas confesso q me causa angústia, em saber como vai ser, os medos, as duvidas de como criar e educar um filho.
ResponderExcluirAbraco