domingo, 4 de dezembro de 2016

O ABC de Arthur

Parece que foi ontem. Não tem frase mais clichê que esta quando falamos que nossos filhos cresceram. Mas não parece. Foi ontem. De verdade. Foi ontem que estávamos olhando para aquela coisinha pequena e indefesa na maternidade. Foi ontem que nos esforçamos, economizamos, trabalhamos com habilidades que nem sabíamos que tínhamos, para fazer a festa do primeiro aniversário.

Foi ontem, por exemplo, que pesquisamos qual escola teria a honra de receber o que tínhamos de mais importante na vida. E, por motivos diversos, escolhemos a Lourdinas.

Passamos por toda a ansiedade antes de chegar o primeiro dia de aula. Vai chorar? Vai ficar bem? E se ele não me largar? O que eu faço? E alguns, tiveram uma baita surpresa ao se ver trocado por uma massinha de modelar. Sem nem se importar se iríamos embora ou não.

Para muitos de nós, foi a primeira vez que sentimos a separação. E doeu viu… Alguns de nós, verdade seja dita, não se conformou. Ficou espiando de longe. Observando. Checando se estava tudo bem. Mas, aqui pra nós, queria era que o filho chorasse só pra ter a desculpa de resgatá-lo.

Mas passou. Eles precisavam crescer.

Também foi ontem que ficamos orgulhosos ao perceber que eles aprenderam a contar. Que identificaram as primeiras letras. E quando conseguiu escrever o próprio nome? Que coisa mais linda.

Ao longo desses anos, uma das maiores expectativas era quando começariam a ler. Escreveram com letra bastão, que eu conhecia como letra de forma. Depois cursiva. E aos poucos as leituras foram surgindo. Com dificuldade, claro. Mas cada um aqui, percebeu o orgulho do filho, ou filha, quando ele, de dentro do carro, leu uma palavra em alguma placa qualquer. E ele sequer sabia que nós é que sentíamos mais orgulho.

É… Eles estão crescendo. E rápido demais. Pelo menos pra gente. E como não temos como evitar, só nos resta agradecer de todo o coração, aquelas pessoas que nos ajudam tanto no caminho. Obrigado a cada tia que pegou estes alunos. No maternal; No infantil I; no infantil II; No infantil III. Que cuidou. Que protegeu. Que ensinou.

Viemos para as apresentações. E foram várias. E em cada uma delas, nos orgulhávamos cada vez mais. Até pensávamos: meu filho foi desenrolado. Cantou direitinho. Ou, minha filha é tímida, não gosta de se amostrar. Acompanhamos todos eles dançando ao lado da tia do maternal. Precisavam que alguém os conduzisse. E hoje eles se apresentam sozinhos.

É minha gente. Esses meninos estão crescendo.

Passaram por muita coisa. Nós passamos por muita coisa. Tudo isso, de ontem para hoje. Por isso, neste momento tão especial, nossos mais sinceros agradecimentos. À escola, claro. Aos profissionais. A todos. Desde o vendedor de cremosim do lado de fora da escola, até a diretora que ouve nossas reclamações. E como reclamamos. Agradecemos também às auxiliares. Que se dedicam com tanto cuidado às crianças. Aos porteiros. Que tem o cuidado de afastar os cones pra gente. Às meninas da secretaria. Da limpeza. Todos!


Mas hoje, o agradecimento mais especial é para as professoras. Elas que estão mais próximas dos nossos filhos. Desde o maternal até o primeiro ano. Sem esquecer nenhuma. E por ser uma data tão simbólica, seremos mais diretos. Tia Diva, Tia Mônica e Tia Patrícia: Vocês não tem ideia do quanto foram importantes nas nossas vidas. Cada uma de vocês vai ficar marcada para sempre na vida dos nossos filhos, como a tia da alfabetização. Portanto, muito obrigado. Mas obrigado mesmo.