É difícil encontrar uma criança que não sonhe em ser um jogador de
futebol. Comigo não foi diferente. Mas a vida não me deu as oportunidades
necessárias (ou deveria dizer talento??). Com Arthur desde o nascimento sendo
influenciado para gostar de futebol, a vontade de praticar futsal
no colégio veio de forma natural. É um bom esporte e quem sabe ele não
teria o talento necessário para fazer a família toda morar na Europa? (humilde,
eu sei rsrsrs).
No primeiro ano, teve a partida amistosa no fim do ano e todos vimos
como ele era esforçado (pode clicar aqui). No segundo, teve algo mais
interessante. Uma viagem para disputar um jogo em Recife contra a Lourdinas-PE.
Desde que soubemos da notícia, nos animamos.
No dia, ele foi no ônibus com os coleguinhas e fomos acompanhando de
carro. Titia Andréa e Titio Fernando (ou Titio Querido do Coração, como eles
chamam) estavam lá. Ginásio lotado, todos animados, várias partidas e ele
entrou em quadra.
Rapaz, assim... Percebemos neste dia que o estudo era um caminho interessante.
A medicina é uma profissão muito bonita... Que dá um certo retorno
financeiro... Talvez a vida desse mais oportunidades investindo na saúde...
Do jogo, foi curioso. O menino parecia não estar na quadra. Andava
meio aéreo de um lado para o outro. Eu reclamava mais com ele do que o
professor. Pra ver se o menino acordava. “Vai na bola, Arthur!!!”; “Marca,
Arthur!!!”; “Corre, Arthur!!!”.
Saímos de lá com a dúvida se o próprio gostava daquilo. Mas Arthur era
empolgado. O time ganhou, ele recebeu medalha e achou o máximo. Depois de
conversar com Tio Amaral, analisamos alguns fatores que poderiam ter
influenciado: Primeiro jogo fora do Estado, com torcida contra, ginásio
cheio... enfim... Após longos debates, tomamos duas decisões:
Apresentá-lo ao judô e renovar a matrícula para o segundo semestre no
futsal. Caso não se torne um jogador profissional, pelo menos está praticando
esporte. Que é o mais importante.
E a medicina é uma boa opção...